Quando a arquitectura serve a função e resulta em algo belo
podemos simplesmente ficar por aí.
Sem qualquer decoração destaca-se a forma, os materiais e os vãos, a arte
de experienciar um espaço que convida a ficar, que transmite boas vibrações e
por onde se flui de uma forma serena e prazerosa é algo indiscritível e que
julgo apenas ao alcance de arquitectos apaixonados por arquitectura.
Sei que o sou sempre que entro num espaço e tiro prazer da
sua forma, geometria e jogo de vãos. A sensação que tenho ao entrar numa casa
de autor é algo vibrante e excitante. Ao chegar à fachada tenho 95% de certeza
se vou visitar uma casa de engenheiro, de empreiteiro, de arquitecto em
processo de sobrevivência ou um projecto de autor não condicionado a valores,
as diferenças são notórias, mas a verdade é que provavelmente apenas 5% da
população aprecia habitar em casas contemporâneas que fogem a casinha
convencional.
Como arquitecta avaliadora de imóveis aprecio obviamente
visitar imóveis de um nível de concepção acima do corrente. O que infelizmente
acontece pouco. Há muitas pessoas que inclusivamente “assassinam” as suas
moradias com ampliações pavorosas, que descaracterizam as casas e que
inclusivamente por vezes desvalorizam as mesmas.
Apreciem estas cozinhas, onde, por ser um espaço da casa com
equipamento fixo e excepcionalmente concebidas dispensam algo mais do que o essencial.
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Fonte de imagens: www.pinterest.pt
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